quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

(Rascunho Sem Título I) Onze Minutos

A noite avançava, quente, calma, e comboios de suspiros escapavam-se pelas ruas, escondendo-se por entre as fissuras das pedrinhas da calçada. Reparava para os ponteiros daquele relógio, o tal que a sua avó lhe dera quando completou os estudos na escola primária. Já lá iam... Bem, deixa fazer as continhas de cabeça, um, dois, ...algumas dezenas de anos!
Crescera, amadurecera, contava agora lembrar tempos que passara juntamente com a mulher que o fazia esperar debaixo daquele candeeiro, àquela hora, com um tempo tão doce, tão propício ao namoro.
Os minutos rolavam, incessantemente, para bem dele, para o bem dela e até para a felicidade da humanidade. Onze minutos já voaram - pensou ele -, a senhora não aparece, que faço, digam-me?!

Sem comentários: