A manhã estava calma, o ar fresco corria-lhe pelas faces, rosadas e luzidias como cerejas, o sol erguia-se docemente ao longe por detrás das montanhas verdejantes e dificilmente alcançáveis.
Ouviu-se um ruído, que vindo daquele enorme sossego mais parecia um trovão. Era o portão da garagem que se abria para dar passagem ao seu tão acarinhado e bem conservado, 2cv.
Meia hora depois estava apeada à beira da estrada, sozinha, ouvindo o ruido da queda das águas que naturalmente se abandonavam de uma altura considerável e se abatiam naquele lago arredondado, camuflado pelas folhagens de carvalhos centenários e aconchegado por várias espécies de arbustos, raridades mas preciosidades apetecíveis aos olhos e paladares de observadores de paisagens pouco visitadas pelo ser humano.
(Cont.)
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