Fim-de-semana!
Emanuel resolveu bem cedo sair de casa. A aragem que soprava na sua cara, alegrava-o e rejuvenescia-o em simultâneo. Caminhou durante uns vinte minutos e entrou na pastelaria habitual; pois adorava o excelente serviço do pessoal empregado, o ambiente simples e muito asseado.
Encostou-se a uma das três mesas, altas como girafas e com um tampo circular não muito grande. A empregada ao vê-lo, retribui-lhe a saudação e questionou-o acerca do que iria tomar. Pediu uma sandes de fiambre, uma bebida refrigerante e um café para finalizar. Com alta eficiência foi presenteado com o seu desejado banquete matinal.
Enquanto satisfazia a sua barriguinha, olhou naturalmente através da janela e deparou-se com uma bela paisagem natural - árvores e arbustos mais ao longe, a do costume -, e mais próximo, na esplanada sob o alpendre, a uns escassos metros, uma criatura que fumava tranquilamente o seu cigarro ao mesmo tempo que falava ao telemóvel (isto está na moda). O olhar agulosado abrangia das coxas aos lábios, nada mais se vislumbrava. Nesse campo visual sobressaía um pormenor (atractivo) sob as calças de ganga esbranquiçadas pelas lavagens. Quão bela sensação se apoderou do observador que, entretanto quase se engasgava com os miolos do pão fresco. Exactamente, não resisitiu e subiu-lhe a temperatura no pólo sul, que por pouco ficava inundado de suores...
E, por breves instantes, enquanto o cenário se manteve, o manjar pouco avançou. Mas acabou por baixar a temperatura e tudo voltou ao normal. Na sua idade, pensou Emanuel, ainda sentia o seu corpo como se tivesse metade da mesma.
Uma cena idêntica aquela, naquele local, aquela hora da manhã, nem sempre acontece!
Uma cena idêntica aquela, naquele local, aquela hora da manhã, nem sempre acontece!
(GM LANTERNA ROMÂNTICA 15-07-2010)
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