Estou para aqui sentado,
Desolado,
À beira do riacho
Que corre já cansado,
Quase caminhando,
Agachado por entre os salgueiros.
No tronco de um deles,
Estou eu,
Curvado,
Debruçado
Sobre o espelho de água,
Esmagado por um enorme peso.
Amargura ou tisteza,
Sinto-as assim,
Unidas,
Abatidas sobre mim.
Malvadas que me roem,
Me consomem a alma.
Continuo aqui sentado,
Neste tronco envelhecido,
Corcunda
E corroído.
Ele e eu,
Ambos neste momento,
Tão modestamente parecidos.
GM - Lanterna Romântica 05-05-2012
3 comentários:
Desde a última vez que aqui estive, já vejo dois belíssimos poemas e a imagem de uma Cidade que me parece a Covilhã...será?
Há tantos anos que lá não vou!
Parece-me ver camuflado um desejo seu, que não terá tudo a ver com o Sol, mas com uma outra luz com a qual gostaria de ser surpreendido.
Peço-lhe desculpa, penso que a poesia não é para ser analisada,(ou também pode?) e sim, lida e sentida. Eu li e senti, mas foi este o sentimento que este poema de deixou.
"Em Reflexão" fiquei, também.
Carregamos pesos enormes que nos vergam com o seu peso...mas amanhã será outro dia...
Gostei que não tivesse deixado estes poemas inacabados.
Agradeço as suas simpáticas visitas ao meu blog
e o seu caloroso apoio ao meu ego!!
A cidade (Covilhã) recebê-la-á com o maior dos carinhos, apareça - irá adorar!!!
E é tão importante pensarmos a vida... mesmo que ela nos seja madrasta!
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